terça-feira, maio 10, 2005

Natureza inserida no espaço da cidade (3)

ø …Reflexão acerca do projecto…
Neste momento o meu projecto encontra-se no ponto em que necessito de fazer uma paragem na recolha de imagens e materiais, e em que cedo espaço a uma reflexão e análise do material produzido até aqui.
Da análise que iniciei e em que incluí para além das fotografias, textos, outros projectos com pontos de semelhança e intersecção, recolha de sons e filmagens e visionamento de algum material documental cheguei ao ponto em que a principal preocupação é a forma / meio / objecto expositivo que vou utilizar e também o desenvolvimento e subdivisões do projecto.
Quando falo em divisão refiro-me a um processo de distanciamento em relação a uma proposta inicial; desde o início sabia que o resultado não seria só um “objecto” ou uma imagem representativa mas sim o percurso de vários exercícios
de aproximação / distanciamento / inclusão e exclusão de elementos e media. A divisão a que me refiro é na temática e no resultado do ponto inicial que se remetia essencialmente às relações com a natureza na cidade, o jardim botânico e nas representações mais ou menos naturais; o projecto evoluiu para um trabalho que também engloba as memórias – algumas colectivas pois tocam em pontos comuns e vernáculos e outras com aspectos mais pessoais.
Após uma análise do material realizado até agora e quando reflicto sobre ele e me indago sobre os objectos a construir é inevitável observar o processo de desencobrir de camadas no projecto.
Iniciei já alguns exercícios que pretendo se reflictam em 3 unidades de trabalho, 2 delas irão relacionar-se de formas diferentes com a memória e a infância, a outra será um exercicio de formatação, reestruturação e inserção em novos espaços do material produzido até aqui.
Para auxiliar esta análise, à bibliografia inicial adicionei os seguintes materiais e referências:
“Sophia de Mello Breyner Andresen” de João César Monteiro
“L’effraie (À propos d’Andersen)” de Sarah Moon
“The Stopping Mind” de Bill Viola
Trabalhos de Karl Blossfeldt.
“Os lugares da imagem poética” texto de Jorge Leandro Rosa


10/05/2005